quinta-feira, 5 de julho de 2012


“Os educadores devem, sem mais tardar, tomar consciência e realizar esforço para o rejuvenescimento que se impõe, rejeitar os chapelões e as saias pregueadas de uma época que ficou para trás, pôr-se ousadamente à escuta da nova vida, adaptar-se a essa vida, a seu espírito, a suas técnicas, a suas obrigações; parar de desdenhar o futuro perigoso à vida ascendente; atualizar-se.

A escola tem que se modernizar. A escola tem de reencontrar a vida, mobilizá-la, dar lhe um objetivo. E, para isto, deve abandonar as velhas práticas, mesmo que elas tenham tido a sua majestade, e adaptar-se ao mundo do presente e do futuro. É necessário, sobretudo, que os pais e os educadores tomem consciência do fato evidente de que a vida mudou, as necessidades das crianças e do meio já não são as mesmas, e que, em virtude disto, as respostas de ontem já não são forçosamente válidas e é necessário a todo custo reconsiderar os problemas. Nós somos educadores que tentamos dentro de nossas próprias aulas, fazer passar para a prática, as ideias e os sonhos teóricos.

Temos de fazer nascer o futuro no seio do presente e do passado, o que implica não um espetacular apelo à novidade, mas prudência, método e uma grande humanidade.”
Freinet

* Extraído das Diretrizes Curriculares Municipais  para  a Educação  da Infância 
Mogi das Cruzes - 2007